Aquele medo…

Sabe quando há um medo crescente dentro de você e aí coisas vão acontecendo e parece que te aproximam daquilo que você teme? Pois é.. é assim que estou me sentindo: amedrontada. Eu não devia reagir como estou reagindo, mas foi mais forte do que eu, no momento que o cronometro zerou e o resultado se consolidou, meu coração parou, aquele momento me deixou mais próxima de um grande medo que vem me acompanhando a semanas e que tentei em vão ignorar: os jogos vão acabar, fato!

Não interpretem isso como pessimismo ou descrença, tenho plena convicção de que ainda não terminou, também não perdi a esperança na virada, também não estou chateada com o resultado, isso faz parte do jogo, a questão é que não estou pronta para ficar sem basquete outra vez. Ele aparece quando as coisas estão meio nebulosas na minha vida e ai quando começa a ficar bom, quando me acostumo com ele, quando ele toma a minha mente noite e dia, ele parte e fico arrasada, saudosa e com aquele maldito buraco no peito outra vez, só que por motivos diferentes agora.

Eu sei que ninguém entende essa minha dependência pelo basquete, às vezes nem eu entendo, mas ele é minha droga sim, no bom sentido, me alimenta, me anima, me alegra e desperta minhas melhores qualidades, eu me sinto útil, me sinto feliz, me sinto completa com ele por perto. Eu acredito que ninguém viva sem amor nessa vida e o basquete é o meu. O basquete me conquistou, me escolheu a anos atrás e isso não pode ser apagado, então como podem querer que eu simplesmente ache normal ele deixar minha vida outra vez?

Canso de ouvir: é só um jogo, é só esporte, isso não é tua família, isso não paga as tuas contas…. e por aí vai, talvez alguns não verbalizem, mas pensem. Tudo isso é verdade, para os outros, para mim é vida, é respeito, é unidade, é carinho, é compreensão, é exemplo, é dedicação. Quando tira o basquete de mim volto a velha rotina de ser aquilo que todo mundo é: filho, neto, empregado, etc… o basquete deixa eu ser algo mais: deixa eu ser o “coração em quadra”, deixa eu ser emoção, deixa eu ser sentimentos. O basquete permite que minha essência transborde e não me restringe, não me proibe e assim apenas convivemos.

Eu estou tão arrasada, tão destruída, que nem sei descrever, é como perder uma parte minha. E juro, adoraria estar sofrendo por antecipação, só que mais cedo ou mais tarde, isso vai se tornar real, vou ter que me despedir e aí não vai sobrar nada, de novo. Ainda assim, tenho que ser grata, pois depois que ele voltou para minha vida, eu passei a ter vontade de acompanhar o NBB e pude fazer isso sem sofrer. Pude torcer e vibrar pelos “meus meninos” do passado e pude constatar, com muita alegria, o quanto evoluíram e o quanto sou feliz por tê-los conhecido.

Por tudo isso é difícil ficar distante, ainda mais agora que estava começando a me aproximar do novo grupo, saber que logo terei que aceitar a distância, conviver com inseguranças e incertezas, outra vez, é muito triste, mais triste ainda, é voltar a ser “normal”, porque eu gosto mesmo é de ser “a menina do blog”.

 

 

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