Não era nem 4:30h da manhã quando eu despertei de uma noite muito mal dormida: ansiedade. Fiquei me debatendo na cama tentando aproveitá-la ao máximo, mas não teve jeito, quando o despertador tocou o negócio foi levantar e correr porque havia pouco tempo.
Às 6h estávamos chegando ao Centreventos. O céu ainda estava escuro e fazia muito, mas muito frio. De longe avistei nosso lindo ônibus no meio do breu, comecei a chorar, eu não estava sonhando a excursão realmente ia se realizar, as coisas estavam acontecendo.
Foi na quinta-feira, antes mesmo da primeira partida desta fase, que comecei a repensar a possibilidade de agitar uma excursão. Algo dentro de mim estava tão confiante, mesmo que eu tivesse medo de admitir, que me dava a certeza de que era um momento muito oportuno e que não se repetiria. Analisando o calendário de jogos, vi que todos os jogos fora de casa ocorreriam em dias de semana, exceto o segundo, que seria no feriado. Pensei: – “Porque não?”
Na sexta eu estava muito pilhada, queria resolver tudo de uma vez. Fiz alguns orçamentos de transporte para ter idéia de valores e me preparar para trabalhar em cima disso. Antes do jogo, eu já tinha uma aliada: Fernanda com quem havia acompanhado jogos fora de casa via facebook, marcamos de conversar antes do jogo.
Chegando lá, fui sentir o clima e percebi que o resultado daquela partida definir o rumo dos planos que estava começando a traçar com outras pessoas que demonstravam o mesmo desejo, entre elas Helenice que foi fundamental na fase final desse processo. A partida nem tinha começado e tínhamos um grupo de 10 pessoas dispostas a viajar. E uma possível ajuda de custo.
No final do jogo, após a vitória esmagadora nos olhamos e sabiamos o que tinha que ser feito, era o momento. O anúncio por parte do nosso querido locutor Gersinho no intervalo do jogo, rendeu procura e vários nomes para nossa lista. A esperança que finalmente algo que eu tentava promover daria certo. Antes de partir um último auxílio: contato com a assessoria de imprensa da equipe para ajudar na divulgação.
Na mesma noite, quando cheguei em casa começaram a pipocar mensagens no meu facebook e assim foi durante o sábado inteiro. Respondendo, controlando o número de vagas e certa de que teriamos um ônibus preenchido de representantes da mais apaixonada e dedica torcida que conheço e da qual tenho o maior orgulho de fazer parte.
No domingo era a hora de deixar tudo organizado, fechar as confirmações, coletar os dados necessários para a lincença de viagem. E foi aí o momento mais difícil que tive que enfrentar. Eu passei o dia aguardando por retornos que não vinham e a preocupação de que todo nosso esforço não renderia nada começou a me amedrontar. No final da noite eu estava exausta e chorando, vendo tudo desmoronar.
A segunda-feira seria decisiva para nós e não tínhamos avançado muito. Estávamos em 18 passageiros, com a garantia de um terço do valor em ajuda de custo, mas ainda assim o custo estava alto. Entramos em vários impasses e num deles eu cogitei a possibilidade de desistir. Eu estava no meu limite não sabia mais para aonde correr. Então, como que se fosse necessário chegar ao fundo do poço para tomar folego e recomeçar, uma notícia maravilhosa chegou, tínhamos recurso para custear 2/3 da viagem agora.
Aí recomeçou a correria, novos contatos, tudo para agregar mais pessoas e nessa conseguimos mais 3. Naquele momento o tempo começou a voar, era contrato, dinheiro, relação de passageiros e últimas informações. Aqui as pessoas que citei anteriormente foram fundamentais, assim como o Rodrigo e o Pablo. Ás 17h estava tudo resolvido, exceto o contato final com o pessoal que só consegui fazer após às 22h.
Enfim, estava tudo pronto e aquilo que na mesma manhã parecia ser mais um sonho frustrado, estava prestes a acontecer e eu estava explodindo de ansiedade. Coloquei o despertador, deitei a cabeça no travesseiro e só fiquei pensando em como tudo seria, até que fui vencida pelo cansaço.
30 de Abril de 2012 – Aniversário de Casamento de Rubens e Crilda Hasselmann, nossa viagem para Gramado ja estava toda organizada. Porém na saída do Jogo, fundos do Centroeventos KH, estavamos tomando uma cerveja com amigos, a Kety surgiu e mudamos nosso plano, em x de Gramado, fomos torcer pelo nosso Basquete em São Paulo, uma viagem inesquecível, perfeita. E o melhor presente de casamento; a VITÓRIA, somando com novos AMIGOS e a ida de nosso filho Guilherme Hasselmann que curtiu conosco essa aventura.