Nas últimas semanas tenho vivido emoções e tensões muito intensas e por vezes parece que tenho esquecido qual o único remédio que realmente alenta: basquete. Alias isso não tem acontecido só nas últimas semanas, mas a bem mais tempo a diferença é que hoje estou me sentindo como quando tudo começou, quando aqui era meu conforto e meu lar e quando não existia mais nada no mundo que me fizesse tão feliz a não ser o basquete.

Existe um motivo forte para esse sentimento, se chama inferno astral e confesso que ele não me incomodou nos últimos anos, mas dessa vez ele está conseguindo transformar meus dias num inferno mesmo. E o que agravou tudo isso foi pensar em como eu estava vivendo essa época do ano, há um ano atrás. Especialmente ano passado eu frequentei muitos os treinos, coletei material, entrevistas, coisas que continuam guardas confesso, e me sentia realizada. E foi assim naquele 29/03, eu radiante, me sentindo em casa, cumprimentando a todos antes do treino, recebendo alguns cumprimentos e me deliciando com as atividades. Foi numa época assim que meu coração despertou para essa paixão. Eis os motivos por ser tão difícil se desligar de lembranças, elas me rodeiam a todo momento.

E agora eu tenho o que? Convivo apenas com a frustração diária de não atualizar o blog, de não escrever, de nem se quer conhecê-los e vou passar meu aniversário muito perto deles outra vez, mas sem ao menos pode oferecer um sorriso, um abraço ou alguma palavra de incentivo, vou estar tão perto e tão longe ao mesmo tempo.

Mas bem, eu devia estar focando em amanhã, dia de encarar o Franca na luta pela 8ª posição, afinal, meu inferno astral ainda vai durar mais semana até que passe meu aniversário. Não será algo fácil pará-los, já que eles vem bem embalados, mas não seja por isso, também estamos e prontos para encarar essa disputa que mexerá com nossos nervos e nossas unhas. Isso até me anima um pouco, porque afinal depois de tanto tempo vou poder vê-los, mesmo que de longe e vou poder ver que estão bem, dispostos e prontos para a luta.

Devo dizer que ver essa ascensão da nossa equipe enche meu coração de alegria, mais ainda porque estive lá desde o primeiro jogo e pude presenciar a evolução, o crescimento e o surgimento do entrosamento e poder participar disso, mesmo que a distância não tem preço. Melhor do que isso é nunca ter deixado tudo isso para trás, ter me mantido presente, ao contrário de tantos rostos que costumava ver e agora desapareceram (confirmando uma velha teoria minha, mas isso é assunto para outro texto) e alguns novos que por algum motivo acabaram de chegar nessa história, mas perderam a formação da essência que move esse grupo.

Os rostos dentro do grupo podem mudar mas a determinação nunca os abandona, faz-se sempre presente para colocá-los no caminho que eles merecem trilhar e lhes oferecendo oportunidades e momentos que jamais serão esquecidos. Que bom que eu vivi tudo que vivi com o basquete para hoje poder olhar para trás e ter ainda mais orgulho desse grupo. Que bom que meu coração sempre foi sincero, ofereceu amor e compromisso, e mesmo não se manifestando como de costume, buscou sempre se fazer presente, sendo morada obrigatória do Basquete de Joinville.

Que bom que guardo comigo tantas recordações e possa valorizar o momento que o grupo vive hoje, essa experiência ninguém pode tirar de mim, mesmo que agora eu esteja distante. O amor existe e que bom que me lembrei disso hoje para lhes dizer o quanto são importantes em minha vida, o quanto os estimo, os quero bem e os admiro. Que bom que hoje o amor aflorou para lhes desejar boa sorte e proteção. E acima de tudo, que bom que comecei a escrever em lágrimas e o termino sorrindo. Vocês fazem isso comigo.

AMO VOCÊS!