Saudade…

Vivo cerca de gente, no trabalho, em casa, mas às vezes preciso ficar sozinha, sozinha para pensar, para tentar afugentar os fantasmas que ecoam na minha mente como nos últimos dias. Prefiro estar sozinha porque não tenho como transferir a ninguém esses sentimentos, não tenho como dividir.
Toquei no assunto aqui, porque é nessas horas que mais sinto falta daquilo que me motivou a criar esse blog. Apesar de preferir a solidão, preciso de tudo que o basquete representa para mim, pois sempre foi e percebo que continua sendo meu ponto de equilíbrio, de apoio e deveria ser eu a estar apoiando, mas parece que estou me sentindo incapaz, porque estou precisando de tudo aquilo que o basquete me transmite, ou sempre me transmitiu.
A questão é que agora está tudo tão frio, tão distante e não estou conseguindo administrar isso. Sinto falta de entrar no ginásio em dias como hoje, quando estou apenas querendo me esconder, ficar quietinha na arquibancada apenas olhando a bola voar de uma lado a outro, viajando até a cesta, quicando e sair de lá renovada, contagiada pelo treino. Não tenho mais isso e agora que fui acostumada com isso, não sei ficar sem, aliás, estou há tempo demais sem essa parte da minha vida e ela estava aqui para preencher meu vazio e agora parece que ele está crescendo outra vez.
A saudade represada transbordou e agora não sei o que fazer para ela passar. Apenas vê-los de longe não resolve mais e a sensação que tenho é que voltei a estaca zero, apenas uma desconhecida entre a multidão, alguém que simplesmente não vai voltar a ser o que era antes, porque cairá no esquecimento.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *