Sem desculpas…

Não vou arrumar desculpas pela minha ausência, não tenho desculpas, uma pessoa que sempre disse amar como eu não podia em hipótese nenhuma deixar as adversidades atrapalhar, mas deixei e tudo acabou sendo mais forte do que eu. Ora o cansaço, ora as enfermidades, ora os problemas técnicos fosse no blog, fosse no computador.
Deixei que tudo do que vinha fugindo deixasse afugentar  minhas idéias, minha  inspiração e deixasse minha paixão em segundo plano. Porém quero dizer que não estou satisfeita comigo mesma e com quem tenho sido nesta temporada e me sentir assim é assustador é como estar perdendo uma parte de mim. E isso se tornou mais forte quando fui colocar minha leitura em dia em relação ao blog do prof. Alberto Bial, perceber o que perdi.
No domingo, sozinha na sala de aula acompanhando o jogo, enquanto todos  haviam ido almoçar, estava angustiada, com o coração pulsando forte, sensações que sempre me lembram de quem sou e do quanto amo esse esporte e essa equipe, mas também me fez sentir culpada, pois na última semana, enquanto nossos garotos caminhavam para o hepta eu estava envolvida com mil problemas e afazeres e não estava com eles. Não estava lá para lhes dizer o quanto estava feliz, satisfeita, orgulhosa de ver a equipe dinâmica, se ajustando e superando a remodelação sofrida com a vinda de tantos novos jogadores.
Na quinta, enquanto os garotos entravam em quadra para o segundo confronto no quadrangular final do Estadual, eu estava jogada sobre a cama, ardendo em febre e chorando porque não estava lá, com o sentimento de medo de já não ser mais tão importante, respeitada, compreendida ou até admirada. Medo de minha pessoa e meu amor estarem ultrapassados.
Minha dívida não é apenas com a equipe, com a comissão, é também com tantos amigos e colegas de arquibancada, que  muitas vezes  se encontraram em minhas palavras, como se explicassem sua propria aflição e muitas vezes fizeram desse blog a representação de um sentimento comum que poucos conseguiam expressar e que aqui se viam identificados.
A verdade é que pensar na minha vida sem o basquete é sentir o enorme buraco deixado em meu peito outrora se abrir outra vez, tudo fica tão doloroso e sem graça. Então peço que me desculpem e não me abandonem, sei que não tenho sido quem costumava ser, porém desejo de alguma forma poder compensá-los por tudo que tenho deixado de fazer, porém, não quero voltar a fazer promessas para depois não cumpri-las, sei que já fiz isso outras vezes e acabei deixando a desejar, então vou buscar aquilo que um tempo atrás me foi dito… vou escutar mais meu coração. Para isso conto com a ajuda de vocês…

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