13 horas. Acompanhada de um pacote de pingo de ouro, celular e o notebook no colo “vi” nossa equipe vencer. Em Curitiba o dia amanheceu quente e minha cabeça também, na ansiedade de que chegasse logo a hora do jogo. Estava em aula, mas isso não me impediu de acompanhar o jogo, se me impedisse seria obrigada a sair, pois não agüentaria não saber o que estava acontecendo.

Passei a manhã toda olhando no relógio esperando dar o horário para iniciar o acesso a internet, que por um acaso é paga e limitida, consciente de que só sairia para almoçar quando o jogo acabasse.

11h começou o jogo e abrimos 6 pontos de frente, vantagem que não perdurou por muito tempo. Tivemos um primeiro quarto bem intenso na troca de liderança no placar e ainda assim, terminamos o primeiro quarto com 4 pontos de desvantagem. No segundo quarto essa desvantagem passou para 8 pontos e ficou nítido que o jogo seria muito difícil. Fomos para o intervalo com a difícil, mas não impossível missão de resgatar a diferença e passar no marcador.

E assim seguimos durante o terceiro quarto. O adversário chegou a abrir 12 pontos de vantagem, mas corremos atrás e no quarto, ao contrário dos 3 primeiros onde perdíamos por 4 pontos cada, perdemos apenas de 1. Ali já estava começando nossa reação e ela apareceu, gradativamente. Tiramos a diferença e viramos o marcador, mas o oponente não se deu por vencido continuou buscando o resultado e nos últimos segundo empatou o jogo, levando-o para a prorrogação.

A essa altura o coração já nem batia mais de tão desesperado. Pelo twitter podia se perceber o desespero coletivo e como diria o amigo Enaldier esse momento poderia ser o título de um filme: “Sofrimento Coletivo a Distância”. A essa altura também, meu almoço tinha virado lenda, logo minha internet acabaria e o horário ficaria escasso para ir almoçar, assim me atraquei com um pacote de pingo de ouro e apenas torci e rezei para o jogo acabar logo.

Então a prorrogação começou e aquele primeiro minuto foi decisivo, mandamos no jogo, colocamos nosso ritmo, mandamos no placar e não demos mais possibilidade de que nos alcançassem. Final de jogo e uma suada e maravilhosa vitória fora de casa. Destaques? Além dos números me mostrarem um eficiente jogo coletivo, pelas pontuações bem distribuídas, também gostaria de ressaltar a eficiência apontada nas estatísticas, dos 8 jogadores que entraram em quadra 5 obtiveram mais de dois dígitos de eficiência.

Porém nesse momento eu preciso ser justa e registrar a maravilhosa apresentação de nosso capitão, tão cobrado, tão mal falado muitas vezes e apedrejado teve uma apresentação de gala. Pode não ter apanhado tantos rebotes que sempre foi seu forte, mas foi o nosso jogador mais eficiente em quadra, nosso cestinha e simplesmente teve 100% de aproveitamento, com certeza hoje as honras e aplausos vão para você grande campeão.

Bem, assim deixo meu aplauso e meu abraço para esses bravos guerreiros. Que Deus os tragam de volta em segurança e saibam que apesar de para mim não precisar, vocês estão provando a sua força e sua competência e assim que vamos seguir um passo de cada vez rumo a vôos mais altos. Fiquem com Deus e até logo. E… só para lembrar: EU AMO VOCÊS!