Duelo de gigantes

Eu devo ser realmente uma ignorante do mundo do basquete porque até agora não consegui entender tanta insatisfação por parte de muitos com a participação do Brasil no Mundial da Turquia. Sabe a semana que passou fora exaustiva, cheguei na sexta-feira acabada só querendo dormir muito, agradecendo por ter um feriado para fazer isso, mesmo sabendo que para o meu trabalho isso seria terrível e feliz porque finalmente eu poderia assistir um jogo da seleção.
Essa possibilidade me deixou radiante, pois não há nada que me deixe mais leve e feliz do que basquete, é a minha forma de extravasar, de esquecer de tudo e deixar a energia que me move vir a tona. Sim eu estava muito ansiosa pelo jogo, contando as horas, programando as coisas que eu queria fazer para esquecer de tudo quando o jogo começasse. E eu não me arrependi.
O que assisti foi muito mais do que imaginei, vi jogadores trabalhando juntos com tão pouco tempo sob o comando do Sr. Magnano. Vi roubas de bola, arremessos de arrasar, trabalho de bola, valorização de tempo, enfim uma grande apresentação que quem estava acompanhando pode perceber e que tão bem foi analisada por muitos internet afora com muito mais conhecimento que eu, mas realmente eu devo não entender nada do assunto porque não consigo valorizar os erros, os desperdícios e os momentos em que as coisas não funcionaram, ou até mesmo quando o individualismo imperou .
Não vou ignorar que falhas aconteceram, muitas decisivas para o resultado, entretanto supervalorizar isso seria desvalorizar o trabalho que foi iniciado há cerca de 3 meses. Alguns podem dizer que muitos dos jogadores já atuam juntos na seleção há um longo tempo, que poucos são calouros, porém deve-se se lembrar que o comando mudou e isso faz uma grande diferença. Achar que perder foi ruim, apenas por querer cornetar é não enxergar que existem mudanças, melhorias sendo feitas. É não querer aceitar de que há um trabalho sério sendo desenvolvido, algo que aos poucos da um novo ânimo a nova geração, que nos faz acreditar no retorno do basquete, confiar.
Vencer era importante? Talvez, iria satisfazer a ânsia por vitórias, por conquistas, mas manteria muitos na ignorância de não reconhecer a evolução e o trabalho crescente, de não perceber que há muito mais em jogo do que simplesmente vencer, mas de recuperar o respeito, a credibilidade e isso, ganhando ou perdendo nos fizemos, e vencer deve ser uma conseqüência do que estamos desenvolvendo, os resultados virão e não quero dizer que não seria ótimo ter vencido o jogo de hoje, pois merecíamos a vitória, mas ela não aconteceu e ficou a dor da derrota, mas a certeza de que estamos no caminho certo e o que nos falta é construir uma base sólida para consolidar a evolução com as gerações que estão chegando, desenvolvendo nesses jovens a fibra, o senso conjunto, a disciplina, pois tudo que vem fácil vai fácil e caminhando um passo após o outro colocaremos nosso basquete aonde merece, no topo, entre os melhores, tudo é uma questão de visão. Muitas conquistas ainda virão.

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