O jovem André Luiz Bresolin Góes nasceu em 05 de março de 1987 na cidade de Chapecó – SC. Filho caçula de Nilson Cesar Góes e Augusta Salete Bresolin, tem dois irmãos, Augusto e Julio.
André gosta de música, cinema, vídeo game e usar o laptop. Ouve de tudo, mas lembra em particular de “In the Club” do 50 Cent, que quando mais novo ouvia e cantava com seus companheiros. Cinema ele freqüenta sempre que pode e geralmente vai acompanhado da sobrinha Gabriela, filha de Augusto. Prefere filmes de comédia, porém um filme que ele recomenda é “O Lado Cego”. Trata-se da história verídica de um jogador de futebol americano. Falando em futebol, seu time do coração é o Palmeiras. Além disso, André afirma estar recuperando o hábito da leitura.
Esse ala/armador de 1,92 de altura aprecia todo tipo de massa, mas que a melhor é o “tortei” de sua mãe. Cursou todo o ensino médio no Colégio Bom Jesus e iniciou a Faculdade de Direito, porém no momento o curso encontra-se trancado em vista de sua rotina atribulada, bem como sua recente mudança.
André se qualifica como sendo uma pessoa confiável. Já um defeito ele se considera muito preguiçoso, mas que fique claro isso serve para qualquer outra atividade exceto para o basquete, prova disso é que quando questionado sobre um lugar de sua preferência ele foi logo respondendo que era sua cama, demonstrando seu constante bom humor. Como ídolo, ele aponta, assim como a maioria dos basqueteiros, Michael Jordan, bem como seu sonho é defender o Brasil na Seleção Principal, sonho esse que ele se encaminha para realizar.
Quando criança, André revela que “era mais quieto e um pouco tímido pra fazer novas amizades”, porém com seus amigos era brincalhão, de ficar tirando sarro de todo mundo e sempre estar em alguma atividade. Além do que adorava esportes e praticava quase todos.
Sua iniciação no basquete se deu por intermédio de seus dois irmãos, quando ele tinha 7 anos em Chapecó. André só jogava futebol, Julio e Augusto iniciaram no basquete. Havia uma escolinha sua idade na modalidade e os irmãos o convidaram a conhecer, daquele momento em diante ele começou a treinar e decidindo que era isso que queria para sua vida: ser jogador de basquete. Ele até comenta que iniciou a modalidade devido aos irmãos, por ser o caçula querer fazer o que os irmãos mais velhos faziam, porém foi treinando e vendo-os jogar que ele passou a adorar o jogo, tornando-se então o mais interessante entre todos, não apenas para se jogar para também para assistir.
De seus pais ele teve apoio e muita ajuda, sem imposições. Fato que pode ser percebido até hoje, durante os jogos a presença de seus pais na arquibancada, incentivando e torcendo, praticamente dois símbolos da torcida. Por esse motivo ele se considera um privilegiado e lembra que nos tempos em que não havia mais de 50 pessoas no ginásio, a torcida deles era a mesma e ele considera isso fundamental para seu desempenho.
Aos 10 anos sua família mudou-se para Joinville, onde um ano antes seus irmãos vieram jogar. André recorda que “em nível estadual Joinville desde aquela época era o melhor time e o melhor lugar pra se começar a jogar basquete” e em vista de seus irmãos já estarem na cidade foi uma porta que se abriu para o seu desenvolvimento. Permaneceu na cidade ate os 17 anos quando se transferiu para Araraquara onde jogou seus dois anos de juvenil. Dessa época lembra-se da conquista do titulo paulista invicto no juvenil: um grande momento e seu grande objetivo ao optar pela mudança. Entretanto, o melhor momento da sua carreira ate agora foi a temporada que passou (2009/2010).
Entretanto não só de alegrias, conquistas e oportunidades foi a carreira de André. Ao passar alguns meses jogando em uma equipe do interior de SP, Casa Branca ele teve uma lesão no joelho. Por uma semana ele ficou na angustia de que pudesse ser algo muito grave e nesse momento pesou estar longe de sua família e sem uma estrutura bem montada, porém para a sorte de todos o problema foi menor do que André mesmo imaginava e em pouco mais de um mês ele retornou as quadras.
Na transição de André de juvenil para adulto, falando na linguagem do basquete, a equipe de Araraquara desmanchou o time adulto após o término do paulista, isso em meados de fevereiro de 2007, o que fez com que ele acabasse voltando a Joinville ate que arrumasse uma nova equipe. Na época Augusto já integrava a equipe, após um convite de Alberto Bial. A equipe passava por um momento delicado pois haviam muitas lesões. Augusto comentou com prof. Bial que André estava sem equipe e então a convite do técnico ele passou a treinar com o grupo, porém já não podia mais integrar oficialmente a equipe, pois o prazo para as inscrições de atletas havia expirado.
Na época, o convite ficou aberto para que ele integrasse o grupo na temporada seguinte, porém foi justamente quando ocorreu a extinção. André ficou apreensivo pois desejava jogar profissionalmente na cidade que sua família já tinha se estabelecido. Entretanto, logo que a equipe o ressurgimento com prof. Bial, Sandro e Luisão o convite enfim foi formalizado e assim foram 3 temporadas de constante evolução e aprendizado que agora encerram um ciclo com sua partida para a equipe do Pinheiros em São Paulo.
Um dos fatores que contribuiu consideravelmente para o amadurecimento e aperfeiçoamento de André na última temporada foi sua passagem pela Seleção Universitária ano passado. Junto com aquele grupo jovem, André teve oportunidade de participar de vários amistosos, foi campeão do Top 4 Nations na Alemanha e ainda participou do Universiade. Na sua visão isso “foi essencial para o crescimento que tive pra essa temporada, primeiro pelo fato de não ter ficado de férias e ter treinado e jogado com jogadores de bom nível o tempo inteiro durante o tempo em que minhas férias deveriam estar ocorrendo. O técnico era muito bom também, inclusive agora é o técnico da seleção sub-18. Mora há muito tempo nos EUA e foi interessante jogar em outro tipo de jogo, com jogadas diferentes e alguns conceitos diferentes do nosso estilo de jogo, o que usei para aprender e ter como referência pra mim e pra quando enfrentar times que jogam mais parecidos com aquilo”.
Sobre os momentos que antecedem uma partida, André comenta que gosta de arremessar um pouco antes de iniciar a preparação da equipe para o jogo, para poder sentir o ginásio e visualizar um pouco da partida e do que pode fazer no jogo. E quando a preleção acontece, a concentração é total, pois como ele cita é um momento de ouvir os últimos detalhes e estratégias do jogo e pessoalmente terminado esse momento tem como ritual rezar, o que ele considera ser a única coisa mais pessoal.
A descontração e as brincadeiras que presenciamos quando da entrada da equipe em quadra é uma forma ao seu modo de ver, de motivar o grupo a entrar e fazer o aquecimento final completamente focados. Particularmente, André confessa que quando chega o momento do grito de “Joinville “ ele “já não vê a hora de jogar” e quando o jogo inicia ele busca manter seu pensamento no jogo tanto para verificar aonde pode ajudar tanto dentro da quadra quanto fora, passando informações do que ele acaba acompanhando como “espectador”.
Apesar de ainda ser um garoto, com os mesmos gostos e vontades da maior dos garotos de sua idade, André mostra-se sempre muito responsável e até maduro. Tem consciência de suas escolhas e não leva isso como um fardo, visto que para ele, o basquete não é apenas sua profissão, mas algo que ele ama fazer e que em sua opinião é o que melhor sabe fazer. É esforçado, dedicado e muito talentoso, porém muitas vezes, ao longo de sua passagem por Joinville, foi tachado de “fominha”, afobado e ele reconhece que as vezes seja, mas esclarece que se foi é sempre pensando no bem comum, em ajudar a equipe com o que for necessário num determinado momento. Ele tem entendimento de que talento sozinho não faz nada e por isso busca treinar muito para poder explorá-lo ao máximo e a motivação para isso ele encontra na confiança que ele acredita ter por parte de todo o grupo, é o que o deixa tranqüilo para atuar.
André ainda destaca a importância de jogar em Joinville, não apenas pelo esporte, mas por poder ”experimentar o basquete como serviço social devido ao trabalho que o prof. Bial faz e grupo sempre participa, fazendo bem não só para as pessoas que são ajudadas como para quem ajuda também”, uma demonstração clara do quão bonito é seu coração e algo que com certeza ele poderá levar para onde for e que dessa forma, aliando talento, trabalho e solidariedade, que sua carreira atinja seu desejo, de daqui a 5 ou 10 anos ainda estar jogando basquete, tendo construído uma carreira de sucesso e títulos. Sei que se depender de sua dedicação, carisma e doçura não será difícil alcançar tudo que desejar, pois ninguém há de questionar que esse garoto, é com certeza, um jovem ídolo.
Finalizando André deixa sua mensagem para a torcida e também para os jovens atletas:
“Gostaria de agradecer a torcida por todo apoio que nos dão tanto nos momentos bons e mais felizes como nas derrotas e nos momentos ruins que já passamos nesses últimos anos. E pra quem deseja seguir o caminho do basquete é saber que para ser um jogador profissional são necessários muitos sacrifícios e muita disciplina tanto na quadra como fora dela. E pra que acreditem em si mesmos e em seu talento para poderem passar pelos momentos difíceis sem abaixar a cabeça e pra finalizar uma frase que é muito conhecida: “Sucesso só vem antes do trabalho no dicionário”.”
Tio morrendo de saudades de ir ao cinema com vc! =* <3
Saudades, de ir no cinema com vc tio! bjaO
Parabéns, por retratar com tanta fidelidade o André no perfil que produzistes. Se for possível, me envia os textos que produzistes sobre ele, ótimos, e eu assinaria, com minhas limitações linguísticas, os mesmos.
Abraços e sucesso sempre.
Muito bom relembrar a infância! Fiz parte dos jogos de futebol, enquanto o Augusto e o Julio jogavam basquete!!
Parabéns André! Desde Chapecó, Floripa e agora em Brasília, estou acompanhando seus jogos, e vou presenciar a partida aqui no Distrito Federal!