O basquete na minha vida se tornou mais do que um esporte, é uma inspiração, um estilo de conduta, responsabilidade, uma paixão. Quando comecei a acompanhar os jogos, não pensei que além da paixão que a equipe me despertava, poderia despertar para a paixão pelo basquete como um todo, como começar a observar outras equipes, outros jogadores e torcer pelo crescimento e reconhecimento da modalidade.
O basquete faz o coração pulsar, o sangue ferver, é agilidade, velocidade, intensidade. É imprevisível e por isso excitante. É impossível acompanhar uma partida, seja da sua equipe, ou qualquer outra, ao vivo ou pela TV e ficar passivo, não vibrar com uma recuperação de bola impressionante, revertida num belo contra-ataque, naquela enterrada que te tira do acento, naquele toco inesperado, eu pelo menos não consigo.
Antigamente eu não me interessava pelas outras equipes, por saber o que faziam, o que seus jogadores tinham de especial, mas a partir do envolvimento com o nosso basquete, meu primeiro passo e diria que tudo aconteceu num momento bem oportuno, foi acompanhar a seleção brasileira. Não havia nenhum jogador nosso no grupo (Manteguinha tinha sido cortado pela lesão no pé), mas era o Brasil e quando é Brasil não importa qual camisa o jogador defende ali ele representa o país.
Vi poucos jogos, muitos só acompanhei por chat lance a lance no BasketBrasil, mas foi o suficiente para ter a satisfação de acompanhar grandes jogadores como Varejão, Splitter, Leandrinho e passar a prestar atenção em alguns que estavam muito mais próximos e entender porque a estavam na seleção e porque a critíca especializada falava tanto deles. Assim começou meu “vício” de acompanhar o NBB sempre que transmitido via SporTV, não importando a equipe que estava em quadra.
Aos poucos fui elegendo meus preferidos em todo o NBB, aqueles que, assim como meu Joinville, gostaria de me aproximar, dizer o quanto admiro, ter uma foto para eternizar esse momento. Bem, eu estive perto de muitos deles em Uberlândia e tal qual como aqui no início de tudo, não tive coragem de realizar o que desejava. Para todos esses que admiro, ao contrário dos “meus garotos”, sou apenas mais uma admiradora anônima, sem rosto, sem voz, com o agravante de não pertencer a torcida da equipe que defende.
Esses “eleitos” são aqueles jogadores que chamam a atenção pela forma como atuam em quadra, como movimentam sua equipe e como mexem com sua torcida, como podem ser decisivos e surpreendentes. O tipo de jogador que confesso gostaria de ter a oportunidade de ver atuando por aqui, vestindo nossa camisa.
E aí entra uma questão que tenho observado, o basquete, apesar de um esporte de contato, pode sim, ser um esporte que não promova a rivalidade, no máximo gera nos 40 minutos de jogo. Percebo muitas pessoas criando admiração por outros jogadores, torcidas em outras cidades, reverenciando seus oponentes, bem como um respeito dessas equipes para com as cidades que os acolhem no período que lá atuam. Existe uma relação de encantamento para com todos aqueles que tem feito o basquete crescer e voltar a evidência. As pessoas simplesmente são mais conscientes e sabem reconhecer a qualidade e valor dos profissionais que atuam na modalidade independente do uniforme que vistam.
Acredito que isso se torna mais forte quando a torcida e a equipe são puramente voltadas para o basquete, quando o nome do clube não é maior do que sua trajetória na modalidade, porque é um esporte diferenciado, que exige do atleta muita disciplina, trabalho conjunto, cumplicidade, atenção e auto controle; em contrapartida, tem uma platéia mais exigente, crítica, mais consciente e responsável, quando advinda de outras modalidades traz vícios e como em qualquer área da nossa vida, destorce a realidade e prejudica o crescimento.
Bem, voltando aos meus prediletos, talvez pelo parentesco com um ex-jogador de Joinville, tive a grata satisfação de “conversar” via twitter na segunda-feira com Carlos Alexandre Rodrigues do Nascimento, não sabe de quem estou falando? Bom, ele é mais conhecido como Olivinha e a semelhança do apelido não é coincidência, ele é irmão do querido Olívia e pelo que pude sentir, as semelhanças entre os irmãos vão muito além do talento em quadra.
Foram poucas mensagem trocadas, mas a atenção e o respeito despendidos me fizeram ganhar o dia, que não vinha sendo dos melhores. Me mostrar que vale a pena amar algo com tamanha intensidade, independente do momento que se vive, tudo são fases e temos que estar preparadas para elas. E suas palavras é que me atentaram para esse momento do esporte e entender o que eu estava presenciando sem me dar conta do quanto isso é valioso.
E tenho que ser grata por poder viver isso, porque você poder dizer a alguém que o admira, que torce por ela, mesmo que não te conheça é simplesmente fantástico e motivador, acredito que só quem tem tamanha paixão e admiração pelo basquete assim como eu, consegue entender essa emoção. É uma injeção de ânimo num corpo que andava cansado e não deixa de ser uma forma de reconhecimento. Ter ido ao Jogo das Estrelas me abriu uma porta, que não tive coragem de atravessar, mas talvez, de alguma forma eu colha frutos de outra forma.
São esses momentos que me fazem agradecer a esse grupo incrível que temos em Joinville, sem eles não teria sido despertada para esse universo da bola laranja com tanta intensidade, porque de alguma forma ele sempre fez parte da minha vida, fosse no segundo grau quando ensaiei uma passada pela quadra como jogadora, ou como agora onde descobri minha habilidade para viver o basquete em toda a sua plenitude sem efetivamente tocar na bola.
Obrigada e sucesso a todos que fazem do basquete essa festa linda e uma escola para a vida! E que eu possa cada vez mais abrir meus horizontes para o esporte, pois acredito que dessa forma poderei entender e quem sabe ajudar mais efetivamente essa equipe que amo tanto, sem fanatismo, mas com muito coração!
Esqueceste de dizer que alem do Olivinha ser um querido tambem ja leu o teu blog …Menina alias quem nao leu??? Sucesso!!!!!!!!!!! Este blog nao te pertence mais sabes disso …E nao e so do time do Jlle porque amor e paixao pelo basquete nao termina na divisa da cidade ….nem teu blog …Parabens mais uma vez pelo teu sucesso
Ai como você é chique né! Até o Olivinhaaaaa! Que dez Ketty, parabéns mesmo!