Tudo de novo…

Uma nova semana vai se iniciando. Será uma semana de muito trabalho, um grande desafio se desenha frente aos meus olhos e uma pitada de nostalgia deve me envolver no meio da semana também, algo que espero ser bem especial. O que me entristece é que essa semana ficarei afastada do ginásio, primeiro e mais lógico, pela falta de tempo, segundo e não menos óbvio, sei que já estou começando a fazer parte da “decoração” do ginásio e que sou muito bem vinda aos treinos, graças a Deus, (pelo menos por enquanto, rs) mas tudo que acaba sendo incorporado pode vir a passar despercebido, portanto, como não desejo que se cansem da minha cara amarrotada e bochechuda, vou dar um tempo, até porque chega a ser falta de consideração, eles saem exausto do treino, como posso “exigir” que ainda me deem atenção? Meu amor supera isso! Sei que ainda há pessoas que devem achar que isso é um exagero, fanatismo e sei lá o que mais, agora só estando no meu lugar para entender como tudo isso mexe comigo, como estar no ginásio sexta passada, pensando unicamente em escrever algo legal, em estar completamente focada neles me deixou, houve momentos que precisei parar, respirar fundo para não deixar que minhas lágrimas fossem percebidas, eu estava frágil, ainda estou, e aquele lugar põe minha sensibilidade no máximo. Eu nunca vou fazer parte da vida deles, nem eles da minha, mas de alguma forma existe um elo, tantos que alguns dos meus paradigmas estão caindo por terra e mesmo sabendo que isso é o máximo que posso ter, já está bom, já sou dentro desse universo mais do que poderia imaginar ser um dia. E fiquei pensando, me questionando até, de onde veio tudo isso e a verdade é que sempre esteve dentro de mim, só que sem força para se libertar. Uma antiga agenda minha guarda fotos dos integrantes da equipe da ABAJ de 1997. Eu tinha apenas 16 anos e nunca cheguei nem perto deles, mas estava em todos os jogos e gritava, pulava, ou seja, não muito diferente de hoje. Só que tive pouco tempo para acompanhá-los já que em 1998 a equipe acabou. Então acredito que tudo que guardei desse carinho e desse gosto pelo esporte dentro do peito renasceu com a equipe do Basquete Joinville em 2006, o Joinville/Univille.
A divulgação dos jogos era péssima, a gente nunca ficava sabendo o que estava acontecendo, a mídia dava pouca importância e eu, bem, ainda não era uma boa “localizadora” de notícias, não que hoje eu seja, mas acho que melhorei um pouco. E dessa época me lembro que o que mais chamou a minha atenção foi, primeiro, como aquele homem, que tinha passado por tantos clubes importantes, era tão respeitado, conhecido, admirado, tinha vindo “cair” aqui na nossa cidade, que não emplacava uma equipe fazia tempo. Segundo, rever em quadra Felipe e Christian, me lembro até hoje da minha reação ao me dar conta que eles tinham sido meus ídolos no passado. Sem perceber, eu fui tentando me manter informada e no final de 2007, após diversas vezes ficar olhando os treinos de longe, passando por alguns jogadores na rua, reconhecendo-os e ficando com vergonha de dizer “oi”, já que não me conheciam, prometi para mim mesma que iria acompanhar os jogos, porque queria estar por dentro do que estava acontecendo, era a chama do basquete se reacendendo dentro de mim e foram nossos bravos guerreiros que estão conosco desde aquela época que despertaram isso em mim. Assim, o que vem acontecendo hoje são resquicios de tudo que desejei fazer no passado e me reprimi, e que de repente aconteceu e que agora estou me libertando, me permitindo fazer o que sempre desejei, impulsionada pelo desejo de contribuir de alguma forma, de mostrar o quanto são capazes, inteligentes e humanos, motivada pelo fato de um dia alguém me dizer que minhas palavras eram inspiradoras. Então citando uma frase do filme “Crepusculo” cuja a trilha sonora me inspira nesse momento, afirmo que “não tenho mais forças para ficar longe de vocês”, não consigo me ver não acompanhando os jogos, não lhes desejando boa sorte, não me preocupando quando se machucam, quando ficam doentes, não incentivando, não doando um pouco do meu tempo para lhes dizer o quanto são importantes e queridos e o quanto acredito em vocês, porque tudo isso é esse blog e sem o blog eu sou apenas a filha, a contadora, a mandona, a explosiva, a tímida, sem graça, retraida e desajeitada. Vocês despertam o que há de melhor em mim!
 

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