Se tivesse sido planejado, não teria dado tão certo. Era para ser um dia comum, exceto pelo fato de que hoje é o aniversário da pessoa que mais amo no mundo: minha mãe. Minha rotina seria identica a todos os dias, trabalho, academia, Jaraguá, mas um imprevisto mudou todos os planos.
Uma enxaqueca me pegou de surpresa no meio da manhã. Me mediquei e ao invés de melhorar, foi piorando, cheguei a pensar que fosse o frio, mas me agasalhar também não resolveu. No final do expediente tive que aceitar que academia hoje não seria um bom programa, o jeito era descansar um pouco antes de viajar.
Sai da prefeitura e fui até no Big comprar uma orquídea, paixão da minha mãe. Na saída acabei optando por ir pela casa pela Max Colin, afinal nesse horário sair da Itaiópolis e cruzar a João Colin, para chegar a Benjamin Constant não é uma missão fácil. E foi então que aconteceu.
Passando pelo estacionamento do Centreventos um grupo de camisas vermelhas perto de um ônibus chamou a minha atenção, num estalo lembrei que os meninos viajariam hoje a tarde para o amistoso de estréia da temporada em Blumenau, nem pensei, olhei no retrovisor para ver se não tinha ninguém atrás de mim e cruzei a pista em direção ao ônibus.
Foi um rompante, mas quando vi, havia estacionado ao lado do veículo e desembarquei em direção ao grupo, que naquele momento embarcava. Na porta estava o jovem Felipe Rech, que me cumprimentou. Fiquei ali por um tempo quando chegou o Fabio. Na conversa uma puxadinha de orelha básica e uma constatação: o tempo passa, a gente até mantém uma distância, aprende a pensar em outras coisas, amadurece, mas viver sem o basquete é impossível.
O grupo foi crescendo e um a um fui cumprimentando sem acreditar que eu estava ali, naturalmente, sem frio na barriga, sem desespero, simplesmente fiz, como sempre me disseram para fazer, absurdamente feliz, com um sorriso sincero de satisfação, os olhos brilhando como uma criança que ganha um presente que tanto desejava.
Satisfação maior aconteceu quando conheci nosso novo capitão: Ricardo Probst. Não era um sonho estava ali, me apresentando e lhe dizendo que estaríamos juntos para apoiar e ouvi alegremente suas análises sobre a equipe que fora montada e sobre o longo caminho que teremos que percorrer, numa jornada de aprendizado, entrosamento e crescimento dentro e fora das quadras.
Não podia terminar minha incursão no momento que antecedia a viagem sem me apresentar ao prof. Enio Vecchi, a quem desejei sucesso na temporada e principalmente nessa estréia, tão importante para o fortalecimento do trabalho que acaba de ser iniciado. Agora imaginem só que evolução, eu me apresentei, isso nem parece eu rs.
Sai de lá com o coração em pulos e lágrimas nos olhos, porém agora tenho que aprender a conter a emoção já que direção e choro não combinam. Minha conclusão é uma só, não vejo a hora de vê-los em quadra, de poder torcer por eles e demonstrar de verdade todo nosso apoio e nossa crença nessa nova equipe.
E mais, ninguém pode apagar tudo que vivemos em relação ao basquete e as pessoas que já passaram por aqui, elas são responsáveis por quem sou hoje e pelo amor que cultivo no peito, nunca serão esquecida. Já aos novos fica a certeza de que meu amor não acabou, está se transformando, como tudo em nossas vidas e quer saber, oh sensação deliciosa…
Que venha a nova temporada então e que bons ventos tragam muita sorte a esse novo grupo. Que possam encontrar aqui motivação e satisfação para honrar nossa camisa, já possuem meu respeito pelo simples fato de estarem aqui. Agora é trabalhar e evoluir… ser cada dia melhor!
BOA SORTE, CIA DO TERNO/ROMAÇO/JOINVILLE – 2012/2013!