Pareceu uma eternidade os minutos de espera até que o primeiro integrante da excursão chegasse. Depois que o primeiro chegou não tardou para que um a um fosse se aproximando e aumentando a euforia de reunir tantas pessoas apaixonadas naquele horário, num feriado frio para pegar a estrada e torcer pela nossa equipe.

7:10h já estávamos todos dentro do ônibus, aguardando a imprensa terminar a reportagem, para seguir nosso caminho. Antes faltava apanhar nossa última família de torcedores, que além de embarcar uma alegria inconfundível nos trouxe um lanchinho muito especial: deliciosas empadas que não tardaram a ser devoradas.

A viagem transcorreu tranquila, 11:20 estávamos estacionando no Graal em Registro/SP para almoçar. Uma rápida circulada pelas estantes após a refeição e logo estávamos seguindo viagem. No caminho filme “Os Smurfs” para descontrair. A tarde ia chegando de mansinho e cada vez ficávamos mais próximos de nosso destino. 15:30h estávamos dentro de SP em um pequeno congestionamento, lógico. E depois voltas para estacionar o ônibus.

Perto do clube uma pausa para foto e depois uma passadinha no shopping para um café. Às 17h fomos caminhando até a entrada do Clube Pinheiros e lá, literalmente montamos acampamento, na espera ansiosa por nossos guerreiros.  A hora ia passando e o coração cada vez mais pilhado, enlouquecido. E então alguém gritou: – “Eles estão vindo!”. Na dianteira, prof. Neto e logo atrás os demais membros da comissão e os atletas. Começamos a aplaudir e cantar, e as lágrimas ficaram teimando em cair de meus olhos, mas me segurei, confesso esse dia a sensação foi mais forte do que em Limeira.

Agora era só uma questão de tempo. Os seguranças nos olhavam como marginais, mal lembravam eles que eles é que moram na cidade grande e violenta, não nós. Mas tudo bem, a sensação de sermos marginalizados, ficou pequena depois de entrar no ginásio e vê-los no aquecimento.

Aos poucos o ginásio foi ficando repleto de pessoas, é porque não vou chamar aquilo de torcida, um monte de gente que não vibra e um bando de crianças de projeto social compradas com bombom para balançar balões e gritar ao comando do locutor não é torcida né. Enquanto isso, juntavam-se ao nosso lado familiares dos jogadores e pessoas da cidade que estavam em SP e aproveitaram para acompanhar nosso jogo.

A expectativa crescia e durante o aquecimento, a apresentação e todo o tempo que antecedeu o início da partida nos concentramos em fazer barulho e mostrar que estávamos ali e vez ou outra viamos os jogadores olhando para onde estávamos com uma expressão que parecia de? -“Nossa como eles fazem tanto barulho?”

Então, tudo estava pronto para a bola subir. Agora era orar para nossos atletas terem calma e nós para ter forças para torcer e apoiar, a luta estava prestes a começar.