A bola subiu no ginásio debaixo de um calor horroroso de meio dia. O público era razoável, suficiente para fazer barulho. Começamos com Manteguinha, Shilton, Paulinho, Vinicius e Coloneze. Shilton subiu para disputar a bola ao ar no centro da quadra com Paulão que levou a melhor, mas desperdiçaram o arremesso, melhor para nossa equipe, que foi para o ataque e abriu o marcador com Manteguinha. O adversário logo empatou, mas Paulinho não deixou barato e converteu um arremesso de 3 pontos. Na seqüência Shilton recuperou a bola, fez o passe para Coloneze que converteu mais dois pontos. No primeiro tempo técnico aos 5:53 o placar nos favorecia em 15 a 2.
Com uma boa vantagem, prof. Bial promoveu algumas rotações, dando um pouco de descanso a parte do quinteto inicial. Destaques do primeiro quarto ficaram por conta de Shilton, com três assistências sensacionais, entre elas duas para Vinicius, outro destaque, que marcou 8 pontos em 3 arremessos de dentro e dois lances livres, atingindo 100% de aproveitamento na etapa. Nos instantes finais Manteguinha converteu um belíssimo arremesso de costas que levantou a torcida, que ainda pode comemorar antes do término do quarto, uma cesta de 3 pontos de Tiagão a 5 segundos do fim.
Iniciamos o segundo período com 10 pontos de vantagem. Paulinho estava simplesmente dando um nó nos adversários com seus dribles. Mantínhamos uma diferença segura e continuávamos a trabalhar a bola. Tivemos dois arremessos seguidos de Shilton, uma assistência espetacular de Paulinho, enganando o adversário ao simular que iria arremessar de bandeja e colocando a bola nas mãos de Tiagão para converter mais uma bola de 3. O adversário até tentava reagir, mas aí vieram as bolas de 3 de Audrei e Paulinho, a segunda dele no quarto, inclusive, foi a última cesta do quarto a 4 segundos do final.
Fomos para o intervalo com 13 pontos de vantagem e quando retornamos encontramos um oponente muito mais competitivo e disposto a estragar com nossa festa. Buscamos não nos intimidar, mas ainda assim ele estava mais veloz e ofensivo. Respondemos com uma bela cravada de Shilton e vários lances livres convertidos. O adversário diminuía a vantagem e nós fazíamos sua manutenção, mantendo-a nos 10 pontos. A pressão estava grande, os nervos aflorados, mas era preciso manter a calma ainda havia mais um quarto, porém o calor castigava, dentro e fora da quadra. Terminamos o quarto com outro arremesso de 3 convertido, desta vez de Manteguinha.
Toda emoção ficou guardada para o quarto e último período. O adversário veio com força total e enquanto suas bolas eram convertidas, as nossas simplesmente não caiam, o nervosismo aumentou e a diferença foi sendo reduzida. Aos 7:11 a nossa vantagem era de apenas 3 pontos e por mais que lutássemos a reação nos fugia do controle, na metade do quarto final o oponente assumiu o placar, iniciando uma luta ponto a ponto pela dianteira. A torcida fez sua parte, entrou em quadra para incentivar a equipe e pouco a pouco fomos restabelecendo o controle, nos superando a cada defesa, impedindo-os de se distanciar no placar e convertendo bolas importantes.
Nossa reação foi marcada com um arremesso de 3 pontos de Tiagão. O adversário empatou. Paulinho converteu mais uma de três e no lance seguinte, recuperou a bola que nas mãos de Shilton transformou-se em mais dois pontos, mas acabamos cedendo a o empate. A torcida continuava a gritar e incentivar a equipe. Na quadra o cronometro corria e cada posse de bola era muito valiosa para ambas as equipes. Estávamos com dois pontos de desvantagem, quando o adversário desperdiçou o arremesso, faltava quarenta segundos quando Paulinho sofreu falta. Converteu apenas um. O coração estava disparado, qualquer movimento impensado poderei nos acarretar um resultado ruim.
O adversário foi para o ataque, mas errou o arremesso, melhor para Shilton que tomou o rebote e pelas mãos de Paulinhho, saiu os últimos pontos da partida. Tempo técnico pedido. Cada passo calculado para neutralizar o oponente. Na reposição lateral nossa defesa fez valer sua força e colocando pressão provocou o estouro do tempo para que a bola fosse colocada em jogo. A bola voltou para nossas mãos, indo de Manteguinha para Paulinho, temos gastar todo o tempo para que não restasse tempo de possibilidade de reação. O arremesso não foi bem sucedido, mas Manteguinha ainda lutou pela bola, infelizmente em vão e provocando uma torção em seu tornozelo esquerdo. Restavam 1,9 segundos para a reposição. Era o tudo ou nada.
Das mãos do adversário saiu um passe longo para o companheiro próximo ao nosso campo defensivo, porém Tiagão estava no meio de seu trajeto, impedindo que a bola chegasse ao seu destino, rapidamente passou-a para Paulinho que ainda fez um arremesso de muito longe. O cronometro zerou. Vitória gritamos e festejamos. Vitória da superação, da raça, de reagir e resistir. Vitória para não esquecer de que são nos momentos em que nada parece dar certo que a garra e a união fazem a diferença e trazem a tona uma força e uma lucidez que ninguém pode explicar de onde vem. Vitória para continuar acreditando e confiando no poder que cada um tem nas mãos e dentro do coração.
PARABÉNS GAROTOS POR MAIS ESSA VITÓRIA, ALIAS POR ESSE FINAL DE SEMANA VITORIOSO. MANTENHAM VIVAS AS LEMBRANÇAS DESSE JOGO EM SUAS MENTES E SIGAM EM FRENTE PERSEGUINDO SEUS OBJETIVOS E A EXCELÊNCIA. O MAIS IMPORTANTE VOCÊS JÁ POSSUEM CAPACIDADE E FORÇA DE VONTADE!
Muito bom o texto Ketty! Adorei.. com mais detalhes do jogo EMOCIONANTE de domingo.
Beijos