Quicando…

A emoção das primeiras horas do dia de hoje não passou ao chegar em casa. Mesmo tendo compartilhado aqueles momentos tão longo cheguei em casa, a certa altura bastante cansada, me deitei, porém levei mais uma hora rolando na cama sem conseguir dormir, a adrenalina ainda estava fazendo meu coração quicar dentro do peito.
Acordei com o despertador entorpecida, para piorar ainda tinha que arrumar minha mala. No trabalho os problemas não param de chegar, mas eu estava feliz demais pensando no que tinha vivido e contando as horas para ir para Curitiba, queria preservar dentro de mim a alegria por mais tempo.
Durante a viagem fiquei recordando a noite anterior e notei como foi precioso aquele momento não apenas para eles, que receberam o carinho dos presentes, mas também para mim que senti meu coração bater forte e pude sorrir genuinamente, sentindo a alegria brotar de cada poro da minha pele.
Há coisas que você apenas sente, não explica e realmente na minha vida o basquete é assim. O basquete é a família que escolhi, que me faz feliz. Minhas melhores lembranças recentes estão relacionadas com essas pessoas sensacionais que conheci através do esporte. É bem como prof. Bial falou em seu blog hoje, o esporte aproxima as pessoas e contribui imensamente para a socialização, para a aproximação e para o nascimento de amizade. Sou prova disso, o basquete me deu e continua me dando muitos amigos.
São momentos como esse que vivi que me fazem perceber que quanto mais o tempo passa mais ligada estou a tudo isso. Sei que para os que acabaram de chegar pode parecer uma relação exagerada sei lá, não faço idéia do que eles pensam de mim e confesso que isso chega a me assustar um pouco, porque temo que meu amor com o tempo se desgaste com o grupo por não ser compreendido.
Em compensação não há ressalvas para fazer dos que viram o blog nascer. Sempre me surpreendeu e nesse momento é como se eu vivesse cada etapa dessa construção novamente e me faz ter certeza de que sempre fui correta e não deixei que a aproximação com eles ou qualquer visibilidade momentânea subisse a cabeça. Sou quase a mesma que iniciou essa etapa, quase porque agora sou muito mais feliz.
Analisando meu estado ontem, entendi que meu amor é muito grande para ser oferecido apenas a uma pessoa, por isso que sofri tanto com tudo que aconteceu, minha preocupação, saudade e qualquer sentimento é generalisado, porque é para o grupo, não para alguém específico. As pessoas mudam, mas a essência do meu amor permanece e chama-se: Basquete de Joinville!
Na minha vida minha maior prioridade é minha mãe, mas logo depois veem o basquete sabe porque? Porque não me cobram nada, não esperam que eu mude ou deixe de ser quem sou, eles me conheceram dessa forma e me aceitam assim, não exigem de mim atitudes que não fazem parte da minha personalidade.
Sei que essa noite quando colocar a cabeça no travesseiro irei lembrar de tudo novamente e vou sorrir enquanto adormeço. Amanhã cedo tenho aula e muito provavelmente serei questionada sobre os acontecimentos que nós já esquecemos, porém será uma oportunidade de dizer aquilo que já foi tão bem colocado na coletiva, tudo que aconteceu nos tornou mais fortes, sim porque são nas dificuldades que encontramos forças para lutar e se há algo para se orgulhar desse grupo nesse momento, não é a atuação nos amistosos, mas a forma como o grupo se protegeu e como isso aconteceu naturalmente.
É por essas e outras que acredito que vamos dar muito trabalho esse ano, temos um grupo que precisou vencer sérias adversidades para continuar sua caminhada e viu na união a melhor saida para isso. Essa atitude com certeza se refletirá em quadra, no aprimoramento do jogo coletivo, na solidariedade dentro e fora de quadra, na proteção e no modo de ver uns aos outros. É a verdade “Tropa de Elite 2” chegando para abalar estruturas e corações!

1 thought on “Quicando…

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *