Há cinco anos atrás, meus pais estavam recém separados, meu pai tinha saido de casa e eu tinha assumido as despesas da casa, fazia 2 meses que tinha me tornado funcionária pública e tinha dois empregos, onde no total trabalhava 12 horas por dia. Um era novidade, o outro minha grande paixão.

Há cinco anos eu não tinha computador, meu telefone era Brasil Telecom e eu ouvia música em fita cassete, porque o cd do meu rádio estava estragado e o discman comia muita pilha, o que tornava  seu uso caro. Nessa época também, eu gastava muito mais do que recebia, as despesas cresciam e o salário encolhia.

Meu irmão ainda virava noite em lan house jogando, minha avó ainda tinha um Apollo branco e não tinha quebrado nenhum dos dois pulsos e minha mãe nem pensava em ser avó. E eu, bom, eu não tinha sonhos. Vários eram os desafios que me cercavam: me manter útil no meu antigo emprego, aprender a lidar com meu chefe do novo, que parecia ter prazer em me chatear, manter o equilíbrio na minha casa e a casa de pé. E nesse momento da vida eu só queria ser aceita, ter forças e entender porque tudo tinha acontecido de forma a me fazer ter que tomar as rédias da casa.

Há cinco anos atrás eu não imaginava que pudesse sentir algo tão forte por um grupo de pessoas, como sinto hoje pelo Basquete de Joinville, tão pouco acreditaria que estaria tão perto deles, que teria seu respeito e sua confiança, que de alguma forma faria parte dessa família. Para falar a verdade, há cinco anos basquete para mim era algo muito distante, uma lembrança da extinta ABAJ que acompanhei entre 97 e 98.

Porém, há cinco anos foi dado o “start” para tudo que conhecemos do Basquete de Joinville hoje. Exatamente há 5 anos nosso mestre Alberto Bial fazia a primeira partida a frente de nossa equipe, onde da formação daquela época resta apenas Shilton, nosso capitão.

Muitas conquistas, muitas mudanças, visibilidade, mas principalmente esperança foi o que nosso mestre nos trouxe ao longo desse período. Buscando sempre agregar, fortalecer, usando e aproveitando da melhor maneira as “peças” que tinha a disposição, fazendo parcerias, acreditando no pontecial de cada e nunca desistindo, mesmo com as portas se fechando a sua frente.

Hoje nossa mestre é exemplo de liderança, conduta, solidariedade e perseverança, marca que se reflete em todos os seus jogadores, na comissão e de certa forma na torcida que os acompanha. Soube formar elos, alianças e  construiu esse projeto num base sólida. É uma pessoa que envolve, que acredita e que encanta.

E nessa data só me cabe agradecer. Agradecer por ter acreditado em nossa cidade para desenvolver esse projeto, por acreditar no potencial dos jogadores, da torcida e fazer do Basquete de Joinville o nosso orgulho e um espelho para gerações e para a comunidade. Obrigada por demonstrar tanto respeito por essa terra, pelas pessoas, por amar essa cidade e se dedicar a fazer dela um lugar melhor.

Todo grande empreendimento necessita de um líder, alguém que norteie, oriente, que motive e esteja disposto a transformar as adversidades em combustível para alcançar novos objetivos e sim: essa pessoa é Alberto Bial, alguém a quem admiramos, respeitamos e temos orgulho de ter a frente de nossa equipe.

O que desejo então? De todo coração, que nosso mestre fique conosco por muitas e muitas temporadas, comandando e aprendendo com seus comandados e nos ensinando todos os dias lições de humanidade, humildade e perseverança. Nos emocionando e mantendo acesa dentro de nós a chama da esperança!

ALBERTO BIAL: NOSSO SÍMBOLO DE ESPERANÇA!

OBRIGADA MESTRE!

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