Reflexões

Resolvi falar de amor hoje, tá de alguma forma eu sempre falo de amor, mas hoje é um pouco diferente. Já falei certa vez que andava desacreditada do amor e era verdade e também é verdade que foi o basquete que me resgatou dessa loucura. Pois bem, imagine-se no meio de sua vida deixando para trás as músicas que você mais ama, os filmes que você não cansava de ver de repente ficaram esquecidos na estante, você simplesmente abandona coisas que faziam parte de você, da sua inspiração, do seu dia-a-dia, você faz de conta que elas não existem mais, como se as deletasse. E então um dia, aquela música que te perturba profundamente começa a tocar num lugar e num momento que você não espera, te pega desprevinido e provoca um turbilhão de lembranças dentro da mente. Pois é, isso aconteceu comigo hoje. Confesso que estou acostumada com esses momentos, mas em geral eles são felizes, por exemplo se eu ouvir “Tropa de Elite” do Tihuanna, meu sorriso vai de orelha a orelha e olha que não chega a ser meu estilo preferido, assim como “Bem ou Mal” do NX Zero com o qual construi o primeiro vídeo dedicado a equipe. Mas hoje foi diferente, fui surpreendida por “Meu eu em você” do Victor e Léo. Tudo bem, não é um estilo que combine com basquete, mas ela tem um significado. Eu sou do tipo que a vida tem trilha sonora, para tudo existe uma música, um momento, um lugar, uma pessoa. Só para me lembrar do basquete eu tenho uma infinidade de músicas, as que me faziam companhia nas minhas vindas de Jaraguá direto para o ginásio, as que me ajudam a escrever, principalmente naquele dia que escrevi o post direto do ginásio, as que me emocionam ao lembrar dos momentos chaves de conhecê-los, mas ainda assim é uma trilha sonora feliz. Acredito que todo mundo tem isso na vida, porque a natureza é uma trilha sonora, cheia de sons, vento, chuva, pássaros, raios e trovões, ondas do mar, folhas… algo que confesso, eu adoro. Música é o que me dá paz e a paz pra mim é a presença de Deus ao nosso lado, segurando nossa mão, nos guiando, a demonstração de seu grande amor. Então a música é uma demonstração de amor. Bem, essa música que me surpreendeu hoje como deve ser óbvio, me trazia a lembrança de um amor, aquele que me destruiu antes de eu ser salva por esse outro tipo de amor, que conheci na quadra. Há meses eu “fugia” dela, assim como de “Bem Maior” do Roupa Nova ou “Como é Grande o meu amor por você” do Roberto Carlos, ou ainda a mais marcante “Amigo Apaixonado” também do Victor e Leo, e a mais antiga “I don´t wanna miss a thing” do Aerosmith e de repente tudo caiu por terra quando ouvi aquela letra que fez meu estômago se retorcer de dor e meu coração ficar apertado, como se tivesse sendo esmagado por uma tonelada, me provando que não importa quanto tempo vai passar, as músicas marcam, são uma identidade da nossa lembrança. A dor passou e ficou o lado bom, me lembrar de que ainda estou aqui e que por obra de Deus, ainda tenho amor no meu coração, de uma forma diferente, mas tenho. Simplesmente porque o amor se manifesta de várias formas, nas pessoas, nos gestos, na natureza. Você vê o amor de Deus no dia ensolarado, nas flores, no olhar de seu animal de estimação (e nessas horas como o meu faz falta). Você vê amor no sorriso da criança, num abraço inesperado, numa palavra de carinho ou num elogio. Eu vejo amor na quadra, no esporte, no nosso basquete. E esse amor contagiante, movido pela garra, dedicação, união me lembrou que o amor está a nossa volta e está em nosso atos e tudo que é feito com amor, é bem feito, porque quando a gente ama alguma coisa a gente faz com prazer, se dedica. Se quis compartilhar isso hoje, foi justamente para lembrar que todos os dias o amor está em nossa volta e que precisamos reconhecê-lo. Nem sempre ele veem na forma como gostaríamos, mas ainda assim é amor. Que ele deve ser levado nas nossas atitudes e nas nossas palavras. Se continuo escrevendo, apoiando, acompanhando é porque descobri uma forma de espalhar um pouco do amor que estava amargando dentro do peito, para que fosse convertido para o bem, minha forma de espalhar o amor que vocês transmitem na quadra, para que o “mundo” possa enxergá-lo e ser tocado por ele assim como eu fui! Esporte também é amor!
ps.: perdoem o texto pouco esportivo e imparcial, mas espero que tenham gostado!

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