Em momento algum eu poderia me imaginar na situação que estou agora, escrevendo ao mesmo tempo sobre duas pessoas tão diferentes, que encontram-se em situações distintas, mas que causam paixão aos que lhe cercam. Manteguinha; Douglas. Dois guerreiros, duas histórias, duas vidas que se cruzaram em nossa equipe e que agora seguem caminhos opostos. Um desafiado a dar continuidade ao que já foi construído, outro a buscar um novo começo. A seriedade e a explosão; a observação e a atitude; a
discrição e a presença. Um fica; o outro vai. Triste é pensar nessa dupla separada. Alguns podem até não ter lembranças de atuações conjuntas, mas lembro-me de inesquecíveis momentos fora da quadra, que talvez tenham passado despercebido da maioria: um cumprimento caloroso de Manteguinha ao final de um jogo no qual estava lesionado, as brincadeiras de ambos durante o aquecimento de um jogo que agora não me lembro qual foi, acho que contra o Minas, ambos estavam num clima de festa delicioso naquela ocasião, entre tantos outros momentos, que agora me fogem da mente. Difícil é pensar nessa equipe sem Douglas, sem essa energia. Muito li, em grande parte criticas a sua atuação nesse temporada, como se tudo que fora feito em toda sua carreira de nada valesse agora, de nada valesse o grande profissional e grande atleta no qual ele se tornou ao longo do tempo,todo apoio dentro e fora da quadra, chamando a torcida, unindo? Só porque isso não aumenta o placar? Só porque isso não ganha jogo? Pode não ter esses resultados, mas com certeza ajuda. Tudo bem, temos que ser racionais, as decisões são tomadas em virtude da necessidade de profissionalizar, de garantir a boa fase, de crescer, amadurecer a equipe e os critérios utilizados pela comissão não serão questionados por mim, isso não me cabe, sou torcedora, apaixonada pela equipe e pelas
pessoas que fazem ou faziam parte dela e por isso não tenho com agir de outra forma, por mais racional que eu tente ser nesse momento, minha natureza é mais coração, mas aceito o que precisa acontecer se isso trará um benefício coletivo, afinal as vezes alguém precisa ser sacrificado, mas não me peçam para não sofrer, nem para esquecer ou ignorar o grande atleta Douglas Viegas, que encanta e fascina crianças e jovens de todas as idades e é um exemplo para todos que desejam seguir no basquete. É, muitos o criticaram abertamente nas comunidades (e as vezes até torço para que nesses momentos nossos garotos não passem por lá para não ler aquilo), mas alguém já pensou em se colocar em seu lugar? Tentar entendê-lo? Ora, criticar é tão mais fácil, mas é a mesma coisa que você fazer o seu trabalho, se esforçar, se dedicar, seja como estudante, seja como funcionário de uma empresa e alguém de fora vir dizer que você não é bom o bastante. Eu mesma já cai nessa armadilha de criticar, de certa forma ignorando os sinais de afeto de Manteguinha para com a equipe, a cidade e desmerecendo seu desejo de permanecer, acreditando que ele não se importava com a grande massa que criara um afeto enorme por ele, pintando um retrato dele que não lhe figurava, quando na verdade ele apenas não demonstrava e não deixava transparecer o que sentia em relação a essa nossa cidade, completamente envolvida e entregue ao basquete, e isso simplesmente porque não é de sua natureza. Assim é importante reconhecer os erros, eu errei, falei que não acreditava na sua permanência e tive que reconhecer, divulgada a renovação, que sua atitude havia me surpreendido e eu, ao cometer o erro de julgar, sem conhecimento de causa, reconheci minha falta e agora me desculpo, pois por não conhecer seu coração e sua mente, não tinha o direito de achar nada. Mas nesse caso, a verdade das minhas palavras davam conta do medo que eu tinha que ele realmente deixasse a equipe, (e não queria assumir) num momento em que tudo estava dando certo, em que o grupo estava unido e porque não dizer feliz. Era minha forma de me proteger de criar expectativas, que podiam não ser atendidas e acabariam por me frustrar. Entretanto ele ficou, para a alegria geral dos torcedores do basquete de Joinville e para a prospera continuidade do belo trabalho desenvolvido, mas algo se quebrou e ofuscou um pouco o brilho dessa festa tão esperada. Sei que mudanças são necessárias e fazem parte do processo de desenvolvimento, como sei que muitos não se abalaram com essa mudança, mas eu e muitas outras pessoas (posso falar com propriedade) também sentiram bastante, isso que trato como uma grande perda. 
Douglas, o elo que une, que aproxima. A força que move, que encoraja. O sorriso constante, a alegria contagiante, que resulta numa explosão de emoção. Douglas o amigo, o receptivo, o vibrante. Inconfundível na multidão que lhe rodeava ao término de cada jogo. Sempre sério e concentrado durante o aquecimento, mas sem perder a naturalidade e deixar de cometer suas travessuras. Intenso na quadra, ou fora dela. Com seus arremessos, suas defesas, suas surpresas. Com seus gestos, seus abraços, suas palavras de carinho e incentivo. A cara fechada quando algo não acontecia como desejado, que logo se desfazia num sorriso. O grito cortando ar fosse um desabafo, fosse de euforia. Olhar em seus olhos, era enxergar seu coração, tamanha transparência.
Manteguinha, a ordem, a direção, a organização. A postura, a seriedade e a visão de um profissional maduro, que as vezes destoa dentro do grupo, no sorriso tão raramente revelado, na concentração extrema e na frieza. Um jogador completo, que dentro da quadra faz a diferença. A reserva constante, ponderação nas atitudes, não deixando transparecer suas emoções, seja fora da quadra, como espectador que não reage, apenas observa os acontecimentos, seja como jogador, que mesmo
contrariado tenta não estourar, apesar do riso nervoso que surge em sua face em certas ocasiões. Sua forma de agir é interpretada por uns como arrogância, por outros como timidez, ou talvez apenas uma forma de se preservar, visto que está sempre buscando separar o profissional do pessoal, atitudes que me levam a crer que dentro de um corpo existem 2 pessoas: Manteguinha o grande jogador e André Luiz, um rapaz de 28 anos, que curte o que curtem os rapazes saudáveis e responsáveis de sua idade, mas com o entedimento de que o caminho por ele escolhido, requer alguns sacríficios. Independente de quem ele realmente seja, o que sei é que quando ele entra na quadra se transforma.
Como profunda curiosa da alma humana, posso não dizer muito, nem ser muito corajosa ou cheia de atitude, mas se tem algo que faço bem é observar, tenho prazer nisso e já dizem os estudiosos que falamos com todo o corpo, por isso sempre aproveitei cada oportunidade para observar, de forma a conhecer um pouco deles, através da percepção e tentar aprender um pouco com todos e não foi diferente com esses dois. Talvez nem sempre minhas conclusões sejam corretas ou pertinentes, mas pode ser que tenha sido o que vi em determinado momento. Desde o começo, antes mesmo de ter tido contato, eles me desafiavam, para falar a verdade, continu
am e o fato é que durante todo esse tempo sempre fui presenteada com grande momentos que produziram grandes lembranças e a conclusão que tiro é que mesmo diferentes, eles se entendiam, se completavam, fizeram das diferenças os pontos de cumplicidade, de compromisso e digo tudo isso, apenas para demonstrar que as diferenças podem ser bem administradas e gerar resultados positivos, tudo está na liderança, na condução.
De alguma forma esse fato de transição, me fez perceber que tenho um pouco deles em mim. São pequenas atitudes, ações, características de personalidade que se assemelham e acabam me divertindo, me fazendo sentir um pouco próxima deles. O fato de pertencermos todos a mesma geração nos aproxima, mesmo tendo nascido em lugares diferentes e acho que no final é isso que me encanta tanto. Eu me vejo neles e não sei que tipo de sentimento é esse, mas é uma loucura, você olhar para alguém com quem não tem convívio e se enxergar nela, não sei explicar, acho que porque sempre tive mais admiração pelas pessoas que eles eram, por fazer o que faziam, do que pelo fato de serem ídolos da cidade. Eu tenho consciência do quanto eles são importantes para a cidade, mas o que me fascina é que eles são humildes, não ficam se promovendo as custas da mídia, do amor e do sucesso que vem fazendo na cidade, se hoje há todo esse reconhecimento foi a custa de muito trabalho. Eles são de carne e osso afinal, e com isso mostram para todo mundo que qualquer um pode chegar mais longe, quando trabalha, se dedica e acredita no que deseja. E eu sei que não são palavras ao vento, porque suas atitudes são condizentes, eles são grandes exemplos para toda uma geração, ou melhor várias.
Enfim, Douglas, aonde você estiver, eu vou estar torcendo por você, serei sempre sua fã, seja pelo profissional que você é, seja pela pessoa. Não perca nunca essa alegria e que aonde você for possa espalhá-la aos quatro cantos. Continue guerreiro, continue encantando. Boa sorte e saiba que mesmo triste agora, torço para que esse momento se torne o melhor para você e por favor, não deixe de manter contato. E para mim não importa o que disserem a seu respeito, te gosto como a um irmão e vou guardar para sempre todas as palavras, todos os gestos e toda a alegria que você me proporcionou, vou sentir muito sua falta. E Manteguinha, só o que posso te dizer é que se em janeiro de 1999 você era uma promessa, hoje você é uma realidade e que bom que ela está sendo realizada aqui! Tenho certeza que teu futuro será ainda mais brilhante do que foi até aqui e desejo podermos acompanhar isso de perto! A torcida pela convocação para a seleção continua e ela vai sair com certeza! No mais garotos, independente do caminho que lhes cabe seguir, fiquem com Deus, sigam em frente com essa força, essa garra e essa determinação, que tudo de melhor lhes acontecerá!


Douglas, o elo que une, que aproxima. A força que move, que encoraja. O sorriso constante, a alegria contagiante, que resulta numa explosão de emoção. Douglas o amigo, o receptivo, o vibrante. Inconfundível na multidão que lhe rodeava ao término de cada jogo. Sempre sério e concentrado durante o aquecimento, mas sem perder a naturalidade e deixar de cometer suas travessuras. Intenso na quadra, ou fora dela. Com seus arremessos, suas defesas, suas surpresas. Com seus gestos, seus abraços, suas palavras de carinho e incentivo. A cara fechada quando algo não acontecia como desejado, que logo se desfazia num sorriso. O grito cortando ar fosse um desabafo, fosse de euforia. Olhar em seus olhos, era enxergar seu coração, tamanha transparência.
Manteguinha, a ordem, a direção, a organização. A postura, a seriedade e a visão de um profissional maduro, que as vezes destoa dentro do grupo, no sorriso tão raramente revelado, na concentração extrema e na frieza. Um jogador completo, que dentro da quadra faz a diferença. A reserva constante, ponderação nas atitudes, não deixando transparecer suas emoções, seja fora da quadra, como espectador que não reage, apenas observa os acontecimentos, seja como jogador, que mesmo

Como profunda curiosa da alma humana, posso não dizer muito, nem ser muito corajosa ou cheia de atitude, mas se tem algo que faço bem é observar, tenho prazer nisso e já dizem os estudiosos que falamos com todo o corpo, por isso sempre aproveitei cada oportunidade para observar, de forma a conhecer um pouco deles, através da percepção e tentar aprender um pouco com todos e não foi diferente com esses dois. Talvez nem sempre minhas conclusões sejam corretas ou pertinentes, mas pode ser que tenha sido o que vi em determinado momento. Desde o começo, antes mesmo de ter tido contato, eles me desafiavam, para falar a verdade, continu
De alguma forma esse fato de transição, me fez perceber que tenho um pouco deles em mim. São pequenas atitudes, ações, características de personalidade que se assemelham e acabam me divertindo, me fazendo sentir um pouco próxima deles. O fato de pertencermos todos a mesma geração nos aproxima, mesmo tendo nascido em lugares diferentes e acho que no final é isso que me encanta tanto. Eu me vejo neles e não sei que tipo de sentimento é esse, mas é uma loucura, você olhar para alguém com quem não tem convívio e se enxergar nela, não sei explicar, acho que porque sempre tive mais admiração pelas pessoas que eles eram, por fazer o que faziam, do que pelo fato de serem ídolos da cidade. Eu tenho consciência do quanto eles são importantes para a cidade, mas o que me fascina é que eles são humildes, não ficam se promovendo as custas da mídia, do amor e do sucesso que vem fazendo na cidade, se hoje há todo esse reconhecimento foi a custa de muito trabalho. Eles são de carne e osso afinal, e com isso mostram para todo mundo que qualquer um pode chegar mais longe, quando trabalha, se dedica e acredita no que deseja. E eu sei que não são palavras ao vento, porque suas atitudes são condizentes, eles são grandes exemplos para toda uma geração, ou melhor várias.
Sabias palavras Ketty, na minha opinião conseguistes resumir muita bem a importancia que estes dois grandes jogadores tem para todos nós que amamos este time…
Sem dúvida duas grandes pessoas e indiscutivelmente dois grandes atletas, um continuam conosco pra nossa alegria e o outro agora busca novas experiencias… mas vai sempre estar em nossa lembrança e em nosso coração!
Ketty, lindas palavras…duas pessoas que fizeram a diferença em 2009 no Basquete de Joinville!!!
Viegas…certamente fará falta…sua vibração tanto em quadra quanto no banco contagiavam a torcida!!!
Abraços