Ah, esse coração

Outro dia estava divagando, para não perder o costume, pensando as coisas que acontecem na vida da gente e esbarrei naquele fato que me trouxe até aqui. Bateu saudade daquele meu ex-amigo. Quem diria que um coração despedaçado construiria coisas boas? Pois foi o que aconteceu e fiquei pensando e se eu não tivesse sido infantil e tirado ele da minha vida, mesmo que fosse só impulsividade, eu não queria isso realmente, se ele tivesse agido como sempre e feito de conta que não percebeu e tivessemos continuado amigos até hoje, existiria o basquete na minha vida? Existiriam as pessoas?

Todo mundo deve ter chegado a mesma resposta que eu: nada disso existiria se eu não tivesse buscando uma válvula de escape para a dor e olhando para trás eu reconheço a dor era forte demais, mas o basquete me curou, curou o coração partido, deu um sentido para meus sentimentos, minhas palavras, deu um jeito de tudo isso ser útil e reconhecido. Não posso dizer que não sinto falta daquela pessoa, eu sinto e muita, porque afinal para que servem os melhores amigos se não para se compartilhar as coisas, para ter com quem comemorar, mas ele não está aqui, com certeza nem sabe tudo que vivi depois que paramos de nos falar e apesar de saber que eu não deveria pensar nisso, é inivitável, não dá para dissociar o basquete dele, existe uma ligação diretamente proporcional.

Mas, enfim, hoje quando voltava de um dia cansativo em Curitiba, fiquei pensando na falta que as que pessoas que conheci no basquete fazem na minha vida. Pensei em como a “máfia” foi criada (quem pertence a ela entenderá rs). Lembrei das pessoas chegando até mim, dizendo que gostavam do que eu escrevia e muitas delas se tornaram minhas amigas. Porém a ausência do basquete levou-as para longe, ainda assim continuam sendo muito importantes. Dividir a arquibancada com pessoas que curtem o mesmo que você, mas curtir com amigos é incrível.

É nessa horas que entendo que colocando tudo no papel tudo que aconteceu para me trazer até aqui me trouxe mais ganhos do que perdas. Quer maior exemplo do que o que está acontecendo na minha vida nesse momento? Poxa estar realmente envolvida com o basquete, fazendo parte do processo, não tem como explicar, é maravilhoso. Dizem que você colhe o que plantou, quero crer que plantei coisas boas para agora estar nessa posição.

Outro dia discutia o assunto e comentei que o que aproximava as pessoas que estão envolvidas no novo projeto é o fato de quem ninguém espera ganhar nada com o basquete, nem se promover as custas dele, quer apenas que ele volte, quer que ele possa ser devolvido a nossa cidade. Esse também é meu pensamento, com uma excessão: eu quero ganhar algo com o basquete sim, além de vitórias e títulos quando chegar o momento rs, quero paz, quero alento, quero motivação, tudo aquilo que eu tinha quando havia uma equipe em quadra e que agora se perdeu, mas que esse projeto aos poucos tem me devolvido, porque basquete voltou a povoar meus pensamentos 24 horas por dia e na boa, nesse momento não existe sentimento melhor para mim. Estou embreagada de basquete, pensando e vivendo-o de verdade e isso só reforça um sentimento que nunca deixou meu coração: minha paixão por ele.

 

2 thoughts on “Ah, esse coração

  1. Nossa pura vdd ,como sinto falta das pessoas q conheci atraves do basquete .Muitas sdds ..Nao vejo a hora de termos isso td de novo ,amizades,alegria,diversao,emoçao.

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