Era uma noite festiva. Casa nova, reencontro, recomeço. Era o salto para uma nova era, para mais um capítulo de nossa história, que quase foi prematuramente encerrada. Era momento de comemorar o retorno às quadras depois de tanto tempo longe dos olhares e dos corações daqueles que aprenderam com essa equipe a admirar e acompanhar o basquete, na cidade, no Brasil e no Mundo.

Como toda estréia, essa não fugiu a regra, teve um primeiro quarto marcado por uma ansiedade excessiva de ambos os lados. Muitos erros e precipitações deixando o jogo morno na primeira metade do quarto. Na metade seguinte as equipes foram se soltando , o adversário ajeitou a defesa e começou a dificultar o nosso jogo. Apesar de abrir uma pequena vantagem, Brasilia não conseguiu deslanchar e faltando pouco menos de 3 minutos Shilton foi para a cravada, determinado a reação e assim nossos guerreiros  fizeram valer o mando de quadra fechando com um ponto de frente, isso sem converter nenhum bola de 3 pontos e nem ir para a linha de lance livre.

No segundo quarto o quinteto que iniciou o jogo e permaneceu durante todo o primeiro período em quadra,( André, Audrei, Luiz Felipe, Renato e Shilton) aos poucos foi descansar, pois o prof. José Neto apostou nos jovens para dar continuidade aos trabalhos. E eles responderam, segurando o adversário mesmo que com dificuldade, mas sem se acanhar, tentando manter o ritmo. Faltando pouco mais de um minuto para o final do quarto a vantagem era de 4 pontos, foi quando prevaleceu a experiência do Brasilia, que rapidamente ampliou essa vantagem para  11, fechando o 1º tempo em 33 x 44.

O oponente voltou para o 3º quarto disposto a confirmar-se na frente e tratou de ampliar e administrar a vantagem,  que manteve-se em 12 pontos, ainda assim, num belo passe de Audrei, Geronimo faltando 9 segundo fez uma bela enterrada que agitou a torcida. O quarto foi marcado também por muitas faltas, principalmente antidesportivas e técnicas, ao contrário do primeiro onde ocorreu apenas 4 no total, desnecessário para uma equipe que vinha mantendo-se com uma margem confortável.

Confiante, o Brasília foi para o quarto final muito disposto, chegando a abrir 20 pontos de frente. Mas nossa equipe não se abateu e ofereceu resistência, entretanto os esforços não foram suficientes para eliminar a vantagem construída ao longos dos períodos anteriores. Final de jogo destaque para Audrei que terminou a partida com 19 pontos, sendo o cestinha da equipe e também da partida ao lado de dois adversários, para Shilton e Renato que juntos apanharam mais da metade dos rebotes e lógico para os garotos Durval, Geronimo, Romário e Thomaz que transpareceram a vontade e o empenho de melhorar sempre.

Fica a certeza de que com maior entrosamento e mais ritmo de jogo essa equipe revelará grandes promessas e poderá nos proporcionar grandes partidas e grandes resultados. E não podemos nos esquecer que nessa noite a equipe foi vitoriosa, pelo simples fato de entrar na quadra e jogar, o resultado é apenas um detalhe matemático que o tempo  e esforço de todos os envolvidos tratará de virar a nosso favor.